parte 15
Dr. Norberto fica sem jeito e parece não saber o que dizer:
- Olá garoto! Eu estou visitando o túmulo de um de meus pacientes mais incríveis! Ele morreu há cerca de sete anos!
- Bem no dia em que morreu a Amanda?
- Amanda? Hoje é aniversário da morte da Amanda?
- Sim, hoje são vinte e cinco anos desde então! Você deve lembrar dela!
- Sim.. era uma grande menina! Agora deixe-me ir logo, pois estou muito atarefado hoje!
- Espere.. Como está atualmente? Você casou-se? E os negócios?
- Eu estou muito bem, os negócios também, os casamentos você sabe.. nunca me fizeram bem! Agora tenho que ir!
Antes que Edgar pudesse falar algo, Norberto sai andando em meio aos túmulos! Apesar de achar as desculpas um tanto quanto esparrafadas, ele acaba acreditando.
Fabricio chega ao seu supervisor principal no hospital:
- Como assim? Férias? Nem quando a sua mãe ficou doente você quis tirá-las, estamos num momento importante, dificilmente você conseguirá! - indagou logo desanimando-o, mas Fabricio insistiu:- Eu preciso cuidar um pouco da vida, tomar um ar, pelo menos umas duas ou três semanas!
- Você é o nosso principal médico, um dos mais experientes! - Fabricio o interrompe!
- Fui durante mais de vinte anos, agora quero algumas semanas de férias, eu preciso disso, quero relaxar um pouco será que posso?
- Eu não vou nem te considerar! Não vou levar isso a supervisão, é perda de tempo!
- Pois então eu mesmo falo com eles!
Fabricio sai da sala chateado direto para a supervisão, o seu grande parceiro que foi pioneiro na idéia do plano de saúde pago por Euros estava a aguardá-lo em sua sala!
- Ei! Você nunca vem aqui.. o que aconteceu... ta faltando alguma coisa? - brincou ele
- Falta consideração! Você sabe bem, esses novos gerentes de RH não prestam.. quando agente mesmo fazia era bem melhor viu!
- Nós não tínhamos grandes redes de computadores, muito menos uma pequena escrivaninha cheia de pen drives! Não podíamos sobrecarregar! Mas o que o dinheiro não pode fazer?
- Bem, se você conseguiu e me convenceu que dois brasileiros malucos podiam fundar um grande plano de saúde por esses lados, tudo é possível! - lembrou Fabrício!
- Qual o problema senhor doutor?
- Bem, doutor senhor, por todos esses anos eu não tive férias!
- Porque não quis!
- Mas o que o dinheiro não pode fazer?² - num momento descontraído ele começam a relembrar suas intrigantes e engraçadas histórias, até que Fabrício resolve retomar o assunto:
- Eu quero um tempo pra mim, quero retornar ao Brasil, folgar um pouco, afinal eu mereço não é?
- Senta aí, vou pedir pra trazerem insulina, sua glicose deve estar alta - os dois dão risada - ou talvez uma bela injeção que tal? Quanto tempo você quer?
- Me dá umas semanas, três serão suficientes..
- Tudo bem!
- Ah.. não esquece de demitir o tal gerentezinho de RH!
- Ou dou um calmante pra ele!
Fabricio terá os seus dias de férias no Brasil, por todo esse tempo, suas férias eram substituídas por estudo, hoje em dia, praticamente sócio de onde trabalha poderia levar tudo na tranquilidade, mas nada o faria mudar o seu jeito!
No Brasil, Allãna está empolgada para o cursinho pré-vestibular, seus pais têm todo o dinheiro suficiente para sua faculdade. Seus sonhos não cabem dentro de si.
Toca o telefone ela atende!
- Minha mãe? O que aconteceu com ela?
Quem é a mãe de Allãna?
Quais surpresas estão reservadas para Fabricio?
Como serão as lembranças de Edgar?
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