Imagens para Pensar!

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O tamanho da Tristeza - parte 2

Bem é dificil descrever a dor da perda, mas ela existe, mesmo que de forma bem 'escondida' ou 'anônima'. Tenho o exemplo de um tio-avô materno, que eu não pude ir até o velório, pra mim, ele está vivo até hoje, lembro-me quando ia até o seu apartamento bem longe. Era pequeno, eu via meu avô nele, talvez por isso o tenha comigo até hoje, ao ver meu vô eu posso vê-lo!
Eu fui todo de preto durante o primeiro dia do velório. Um preto calorento. Mas isso é muito relativo, é como se vestir de branco na passagem de ano, não adianta nada se eu não fazer a PAZ, isso é, estando de branco, beber e brigar, não adianta de nada. Os piores choros são o primeiro e o último! Do primeiro eu me lembro bem, o último não sei quando acontecerá, tomara que demore!
A sensibilidade das pessoas fica apurada nesses dias. Mas parece que quanto mais velho, menos sensível a pessoa é. Vejo por um de meus primos, um chorão, 'manteiga derretida', como é bom ver as lágrimas verdadeiras de alguém, mesmo que de tristeza. É engraçado como perdemos fácil o luto, tentamos disfarçar, os risos lá fora do salão talvez sejam uma forma de amenizar a dor, de esconder o sentimento!
Eu fiquei esperando a hora da viúva se levantar para se despedir de seu companheiro. Ele ficara todo o velório sentada numa confortável cadeira ao lado do caixão de seu marido de mais de setenta e cinco anos. As pessoas vinham, se ajuntavam em volta do caixão, olhavam para o nada, na verdade para as lembranças, para o carinho, para o amor, para a família, mas de forma superficial para o nada. Alisavam o seu rosto, ele não estava mais ali, mas estava/esteve e sempre estará vivo em nossas memórias. Suas mãos juntas recebiam o calor de mãos suadas, molhadas de lágrimas. Olhando como olhei, parecia que ele estava num paraíso, apenas seu rosto e mãos apareciam, as flores eram como fumaça, gelo-seco ou 'nuvens'.
Quando por trás do salão percebi que ela se levantou da cadeira, rapidamente voltei a entrada da sala. Ela alisou o seu rosto, as pessoas estava tapando minha visão, ela ja sabera o que viria a acontecer. Perdeu em dez anos dois filhos e agora seu marido, sua carinha cheia de rugas, seu olho quase fechando, suas forças quase inexistentes, que agora estava fazendo o último carinho no pai de seus onze filhos. Sua voz não saía, ela não queria falar, só chorar, chorar a perda, e num tom agonizante ela se sentou rodeada por algumas filhas que a abraçaram. Foi uma cena macabra, tensa. O senhor da funerária, com seu respeito superficial, pegou a tampa do caixão, eu nunca estivera tão perto dele nesses ultimos dois dias, o véu se dobrou, as pessoas ficavam de frente comigo naquele lugar, a tampa fora lacrada, seus olhares perdidos e receosos não queriam encontrar outros como estes, fugiam de encontros visuais.
O momento do cortejo é o mais arrebatador, o coração se parte, as mãos se trocam para carregar e sentir a presença física pela última vez, do patriarca dessa grande família! Um a um, quando desce o caixão vão saindo, olhando as placas ao lado, há quem pergunte como as coisas são feitas, há quem olhe o caixão sendo colocado, há quem prefira nem ver. Uma frase foi bem marcante, de um genro dele, do meu lado: "Olha (falou apontando para o buraco e puxando a sua mulher) ali está o seu pai!". Sim ali está algo, mas não tudo, as outras partes ficarão guardadas.
Aquele são-paulino bravo, irritado, de voz trêmula, e mão de pele grossa, seus óculos escuros, seu sorriso, suas palavras e xingamentos aos jogadores. Tudo ficará guardado, não quero guardar o velório, a sua imagem no caixão, seus momentos de fúria, apesar de sempre lembrar desses horrendos e teimosos momentos.
Ficará sempre guardado, não a tristeza, não as causas da morte, nem nada parecido, apenas o que de melhor ele deixou!
Mesmo agora, ainda não desvendei os mistérios que envolvem a morte, mas há algo de muito misterioso nisso!
"Quando você nasceu, estava chorando, e todos estavam rindo, quando você morrer, estará sorrindo, enquanto todos estarão chorando!" Dr. Silmar Coelho

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O tamanho da Tristeza!

"Sinceramente, eu não sei o que as pessoas dizem nessas ocasiões(velórios), porque sinceramente eu tentei evitá-las!" Edward Cole, filme 'Antes de Partir'..
Olha não sei se vou conseguir descrever quais foram os sentimentos que vivi nesses ultimos dias. Todos que me conhecem sabem que prezo bastante a família. Mas é curioso, os mesmos que conhecem sabem também que sou um bom observado - as vezes até demais - e fiquei lá a olhar a reação das pessoas no velório.
Há momentos que agente sempre lembra na vida, eu lembro por exemplo do meu outro bisavô. Ele sabia fazer vassouras, e eu o via fazer isso, ele que me ensinou a fazer tranças, e sempre até quando eu morrer nunca vou esquecer disso, toda vez que eu fizer uma trança, lembrarei que foi o meu bisavô que me ensinou.
Lembro-me também do meu avô paterno, ele era um sarrista, ótimo contador de histórias, herdei muito isso dele. Ele me contava a história de três cachorros, 'Quebra-Corrente', 'Ventania' e 'Rompe-Ferro'. As peripécias que me divertiam a infância nunca se apagarão. Lembro-me quando ele tirava a sua dentadura, agente ficava com medo .. rs
Nunca esquecerei, quando deixei dois livretos da Bíblia em cima da mesa da minha chefe, numa das últimas vezes que a vi, ela me pergutou: "Foi você que deixou isso aqui?", eu temi mas respondi: "Você gosta de ler?", ela: "Sim gosto!", e eu justifiquei: "Então, quando puder os leia!". Eu tive o desprazer de vê-la 'acabar'.
Mas que fiquem as coisas boas, que as lágrimas teimosas continuem tomando e molhando as nossas faces. Voltando as minha observações, não foi dificil perceber os mais abatidos, eu sempre olhei a viúva, e uma hora que queria lembrar seria a despedida que ela faria, pois ela estava tranquila durante todo o velório. Deixarei para contar essa parte no próximo post, no máximo até sexta!
Mas qual o tamanho de uma dor? Qual a extensão de um LUTO? Mesmo agente não estando junto, mesmo agente não sendo tão próximos - pelo menos não como deveria - a família é enorme. Do meu bisavô, uma das coisas que ficarão, é o dia em que o ajudei a andar, ele estava trêmulo, segurando na cadeira, apalpava as paredes, eu o ajudei: "entre aqui vô!", eu o vi deitar, foi um bom dia.
Hoje o céu estava bem azul, e os óculos escuros escondiam o meu olhar de tristeza, as lembranças... não contei quantas vezes olhei o céu, mas por todas elas eu perguntava pra Ele, não me lembro o que, isso porque o nó na garganta só aumentava!
"Ainda hoje não posso dizer ao certo qual é o valor de uma vida!" - Sr.Carter Chambers do filme 'Antes de Partir'
continua!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Canal - Curiosidades em Geral

O Leite em pó é uma forma moderna de consumo de leite, que desidratado, tem sua longevidade estendida. O leite em pó é feito a partir da secagem do leite comum. Para extrair a água, que compõe cerca de 90% da massa do leite, as fábricas fazem-na evaporar num processo lento, que não estraga as proteínas do produto.

Primeiro, o leite escorre em paredes metálicas verticais aquecidas a 77 °C, porque o líquido não pode ser fervido. Nessa etapa evapora até 50% da água, e o leite fica pastoso. O produto concentrado segue então para uma máquina que borrifa minúsculas gotículas contra um jato de ar quente a 180 °C. Um rápido contato é o suficiente para fazer com que o restante da água evapore, e as gotículas de leite se transformem em grãos de leite seco. Então o leite é separado em diferentes fases: flocos, granulado e pulverizado.
Este leite em pó pode apresentar-se com diferentes teores de gordura, conforme o leite utilizado tenha a gordura natural do leite, seja parcialmente desnatado ou seja magro.
De qualquer forma a protéina do leite em pó é a mesma que no leite líquido, com valores próximos de 30 – 35%, o que faz um alimento extremamente interessante.
1kg de leite em pó, adicionado com água, permite obter 6-7 litros de leite recombinado.
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