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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

É Proibido Fumar

É Proibido Fumar, 2009

Direção e roteiro de Ana Muylaert. Com Gloria Pires, Paulo Miklos, Marisa Orth, Lourenço Mutarelli, Daniela Nefussi, Alessandra Colasanti.


Participações especiais de André Abujamra, Antonio Abujamra, Pitty, Thogun, Paula Preta, Marat Descartes, Paulo César Pereio, Marcelo Mansfield e Etty Fraser.

Consagrado no Festival de Brasília com vários prêmios, este segundo filme de Ana Muylaert é um considerável passo a frente do anterior Durval Discos.



Minimalista, muito bem narrado, muito bem interpretado, tem um fio de história que consegue se amarrar de forma inteligente e interessante (mas não pense muito sobre ela).



Novamente situado no bairro de Pinheiros, é sobre Baby, uma mulher de idade indefinida que vive de dar aulas de violão num apartamento que parece ter herdado de sua mãe.

Não se fala de seu passado (há apenas uma boa cena de conflito com sua irmã feita por Marisa Orth, onde discutem por causa de um sofá que ela teria herdado).


O que seguimos no melhor estilo Polanski é o interesse que Baby tem pelo vizinho que se muda para o apartamento ao lado, Max (Paulo Miklos), que é musico de churrascaria com quem logo começa um romance.


Sem maiores conflitos, a não ser a presença de uma mulher com quem ele transa escondido (mas é denunciado pelos gritos dela). Daí o ciúme, a crise e a eventual trama finalmente se desenvolvendo.

É verdade que custa um pouco para tão pouca história ser apresentada, para conhecermos e gostarmos da heroína e do romance.


Se fosse filme americano teríamos George Clooney ou Gerard Butler como galã, mas como é brasileiro, o interesse amoroso é o roqueiro Miklos, com sua figura anticonvencional e seu estilo discreto e que chega mesmo a funcionar.

Na verdade, talvez seja esse o charme do filme.

Não tem muito que contar, é difícil de definir (não é bem comédia, nem suspense, fica perto do romance), mas os elementos se misturam bem, com uma narrativa muito segura sem mudar de tom e que deixa Gloria Pires brilhar (sem também nunca exagerar, ou cair em chanchada, aliás o filme nem passa perto da apelação de outros recentes).

Gloria se firma como a grande atriz de sua geração (mesmo antes de me mostrarem o filme do Lula). Não sei se o filme irá atrair grande público, mas quem for ver, vai gostar.

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