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sábado, 12 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
O tamanho da Tristeza - parte 2
Bem é dificil descrever a dor da perda, mas ela existe, mesmo que de forma bem 'escondida' ou 'anônima'. Tenho o exemplo de um tio-avô materno, que eu não pude ir até o velório, pra mim, ele está vivo até hoje, lembro-me quando ia até o seu apartamento bem longe. Era pequeno, eu via meu avô nele, talvez por isso o tenha comigo até hoje, ao ver meu vô eu posso vê-lo!
Eu fui todo de preto durante o primeiro dia do velório. Um preto calorento. Mas isso é muito relativo, é como se vestir de branco na passagem de ano, não adianta nada se eu não fazer a PAZ, isso é, estando de branco, beber e brigar, não adianta de nada. Os piores choros são o primeiro e o último! Do primeiro eu me lembro bem, o último não sei quando acontecerá, tomara que demore!
A sensibilidade das pessoas fica apurada nesses dias. Mas parece que quanto mais velho, menos sensível a pessoa é. Vejo por um de meus primos, um chorão, 'manteiga derretida', como é bom ver as lágrimas verdadeiras de alguém, mesmo que de tristeza. É engraçado como perdemos fácil o luto, tentamos disfarçar, os risos lá fora do salão talvez sejam uma forma de amenizar a dor, de esconder o sentimento!
Eu fiquei esperando a hora da viúva se levantar para se despedir de seu companheiro. Ele ficara todo o velório sentada numa confortável cadeira ao lado do caixão de seu marido de mais de setenta e cinco anos. As pessoas vinham, se ajuntavam em volta do caixão, olhavam para o nada, na verdade para as lembranças, para o carinho, para o amor, para a família, mas de forma superficial para o nada. Alisavam o seu rosto, ele não estava mais ali, mas estava/esteve e sempre estará vivo em nossas memórias. Suas mãos juntas recebiam o calor de mãos suadas, molhadas de lágrimas. Olhando como olhei, parecia que ele estava num paraíso, apenas seu rosto e mãos apareciam, as flores eram como fumaça, gelo-seco ou 'nuvens'.
Quando por trás do salão percebi que ela se levantou da cadeira, rapidamente voltei a entrada da sala. Ela alisou o seu rosto, as pessoas estava tapando minha visão, ela ja sabera o que viria a acontecer. Perdeu em dez anos dois filhos e agora seu marido, sua carinha cheia de rugas, seu olho quase fechando, suas forças quase inexistentes, que agora estava fazendo o último carinho no pai de seus onze filhos. Sua voz não saía, ela não queria falar, só chorar, chorar a perda, e num tom agonizante ela se sentou rodeada por algumas filhas que a abraçaram. Foi uma cena macabra, tensa. O senhor da funerária, com seu respeito superficial, pegou a tampa do caixão, eu nunca estivera tão perto dele nesses ultimos dois dias, o véu se dobrou, as pessoas ficavam de frente comigo naquele lugar, a tampa fora lacrada, seus olhares perdidos e receosos não queriam encontrar outros como estes, fugiam de encontros visuais.
O momento do cortejo é o mais arrebatador, o coração se parte, as mãos se trocam para carregar e sentir a presença física pela última vez, do patriarca dessa grande família! Um a um, quando desce o caixão vão saindo, olhando as placas ao lado, há quem pergunte como as coisas são feitas, há quem olhe o caixão sendo colocado, há quem prefira nem ver. Uma frase foi bem marcante, de um genro dele, do meu lado: "Olha (falou apontando para o buraco e puxando a sua mulher) ali está o seu pai!". Sim ali está algo, mas não tudo, as outras partes ficarão guardadas.
Aquele são-paulino bravo, irritado, de voz trêmula, e mão de pele grossa, seus óculos escuros, seu sorriso, suas palavras e xingamentos aos jogadores. Tudo ficará guardado, não quero guardar o velório, a sua imagem no caixão, seus momentos de fúria, apesar de sempre lembrar desses horrendos e teimosos momentos.
Ficará sempre guardado, não a tristeza, não as causas da morte, nem nada parecido, apenas o que de melhor ele deixou!
Mesmo agora, ainda não desvendei os mistérios que envolvem a morte, mas há algo de muito misterioso nisso!
"Quando você nasceu, estava chorando, e todos estavam rindo, quando você morrer, estará sorrindo, enquanto todos estarão chorando!" Dr. Silmar Coelho
Eu fui todo de preto durante o primeiro dia do velório. Um preto calorento. Mas isso é muito relativo, é como se vestir de branco na passagem de ano, não adianta nada se eu não fazer a PAZ, isso é, estando de branco, beber e brigar, não adianta de nada. Os piores choros são o primeiro e o último! Do primeiro eu me lembro bem, o último não sei quando acontecerá, tomara que demore!
A sensibilidade das pessoas fica apurada nesses dias. Mas parece que quanto mais velho, menos sensível a pessoa é. Vejo por um de meus primos, um chorão, 'manteiga derretida', como é bom ver as lágrimas verdadeiras de alguém, mesmo que de tristeza. É engraçado como perdemos fácil o luto, tentamos disfarçar, os risos lá fora do salão talvez sejam uma forma de amenizar a dor, de esconder o sentimento!
Eu fiquei esperando a hora da viúva se levantar para se despedir de seu companheiro. Ele ficara todo o velório sentada numa confortável cadeira ao lado do caixão de seu marido de mais de setenta e cinco anos. As pessoas vinham, se ajuntavam em volta do caixão, olhavam para o nada, na verdade para as lembranças, para o carinho, para o amor, para a família, mas de forma superficial para o nada. Alisavam o seu rosto, ele não estava mais ali, mas estava/esteve e sempre estará vivo em nossas memórias. Suas mãos juntas recebiam o calor de mãos suadas, molhadas de lágrimas. Olhando como olhei, parecia que ele estava num paraíso, apenas seu rosto e mãos apareciam, as flores eram como fumaça, gelo-seco ou 'nuvens'.
Quando por trás do salão percebi que ela se levantou da cadeira, rapidamente voltei a entrada da sala. Ela alisou o seu rosto, as pessoas estava tapando minha visão, ela ja sabera o que viria a acontecer. Perdeu em dez anos dois filhos e agora seu marido, sua carinha cheia de rugas, seu olho quase fechando, suas forças quase inexistentes, que agora estava fazendo o último carinho no pai de seus onze filhos. Sua voz não saía, ela não queria falar, só chorar, chorar a perda, e num tom agonizante ela se sentou rodeada por algumas filhas que a abraçaram. Foi uma cena macabra, tensa. O senhor da funerária, com seu respeito superficial, pegou a tampa do caixão, eu nunca estivera tão perto dele nesses ultimos dois dias, o véu se dobrou, as pessoas ficavam de frente comigo naquele lugar, a tampa fora lacrada, seus olhares perdidos e receosos não queriam encontrar outros como estes, fugiam de encontros visuais.
O momento do cortejo é o mais arrebatador, o coração se parte, as mãos se trocam para carregar e sentir a presença física pela última vez, do patriarca dessa grande família! Um a um, quando desce o caixão vão saindo, olhando as placas ao lado, há quem pergunte como as coisas são feitas, há quem olhe o caixão sendo colocado, há quem prefira nem ver. Uma frase foi bem marcante, de um genro dele, do meu lado: "Olha (falou apontando para o buraco e puxando a sua mulher) ali está o seu pai!". Sim ali está algo, mas não tudo, as outras partes ficarão guardadas.
Aquele são-paulino bravo, irritado, de voz trêmula, e mão de pele grossa, seus óculos escuros, seu sorriso, suas palavras e xingamentos aos jogadores. Tudo ficará guardado, não quero guardar o velório, a sua imagem no caixão, seus momentos de fúria, apesar de sempre lembrar desses horrendos e teimosos momentos.
Ficará sempre guardado, não a tristeza, não as causas da morte, nem nada parecido, apenas o que de melhor ele deixou!
Mesmo agora, ainda não desvendei os mistérios que envolvem a morte, mas há algo de muito misterioso nisso!
"Quando você nasceu, estava chorando, e todos estavam rindo, quando você morrer, estará sorrindo, enquanto todos estarão chorando!" Dr. Silmar Coelho
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
O tamanho da Tristeza!
"Sinceramente, eu não sei o que as pessoas dizem nessas ocasiões(velórios), porque sinceramente eu tentei evitá-las!" Edward Cole, filme 'Antes de Partir'..
Olha não sei se vou conseguir descrever quais foram os sentimentos que vivi nesses ultimos dias. Todos que me conhecem sabem que prezo bastante a família. Mas é curioso, os mesmos que conhecem sabem também que sou um bom observado - as vezes até demais - e fiquei lá a olhar a reação das pessoas no velório.
Há momentos que agente sempre lembra na vida, eu lembro por exemplo do meu outro bisavô. Ele sabia fazer vassouras, e eu o via fazer isso, ele que me ensinou a fazer tranças, e sempre até quando eu morrer nunca vou esquecer disso, toda vez que eu fizer uma trança, lembrarei que foi o meu bisavô que me ensinou.
Lembro-me também do meu avô paterno, ele era um sarrista, ótimo contador de histórias, herdei muito isso dele. Ele me contava a história de três cachorros, 'Quebra-Corrente', 'Ventania' e 'Rompe-Ferro'. As peripécias que me divertiam a infância nunca se apagarão. Lembro-me quando ele tirava a sua dentadura, agente ficava com medo .. rs
Nunca esquecerei, quando deixei dois livretos da Bíblia em cima da mesa da minha chefe, numa das últimas vezes que a vi, ela me pergutou: "Foi você que deixou isso aqui?", eu temi mas respondi: "Você gosta de ler?", ela: "Sim gosto!", e eu justifiquei: "Então, quando puder os leia!". Eu tive o desprazer de vê-la 'acabar'.
Mas que fiquem as coisas boas, que as lágrimas teimosas continuem tomando e molhando as nossas faces. Voltando as minha observações, não foi dificil perceber os mais abatidos, eu sempre olhei a viúva, e uma hora que queria lembrar seria a despedida que ela faria, pois ela estava tranquila durante todo o velório. Deixarei para contar essa parte no próximo post, no máximo até sexta!
Mas qual o tamanho de uma dor? Qual a extensão de um LUTO? Mesmo agente não estando junto, mesmo agente não sendo tão próximos - pelo menos não como deveria - a família é enorme. Do meu bisavô, uma das coisas que ficarão, é o dia em que o ajudei a andar, ele estava trêmulo, segurando na cadeira, apalpava as paredes, eu o ajudei: "entre aqui vô!", eu o vi deitar, foi um bom dia.
Hoje o céu estava bem azul, e os óculos escuros escondiam o meu olhar de tristeza, as lembranças... não contei quantas vezes olhei o céu, mas por todas elas eu perguntava pra Ele, não me lembro o que, isso porque o nó na garganta só aumentava!
"Ainda hoje não posso dizer ao certo qual é o valor de uma vida!" - Sr.Carter Chambers do filme 'Antes de Partir'
Olha não sei se vou conseguir descrever quais foram os sentimentos que vivi nesses ultimos dias. Todos que me conhecem sabem que prezo bastante a família. Mas é curioso, os mesmos que conhecem sabem também que sou um bom observado - as vezes até demais - e fiquei lá a olhar a reação das pessoas no velório.
Há momentos que agente sempre lembra na vida, eu lembro por exemplo do meu outro bisavô. Ele sabia fazer vassouras, e eu o via fazer isso, ele que me ensinou a fazer tranças, e sempre até quando eu morrer nunca vou esquecer disso, toda vez que eu fizer uma trança, lembrarei que foi o meu bisavô que me ensinou.
Lembro-me também do meu avô paterno, ele era um sarrista, ótimo contador de histórias, herdei muito isso dele. Ele me contava a história de três cachorros, 'Quebra-Corrente', 'Ventania' e 'Rompe-Ferro'. As peripécias que me divertiam a infância nunca se apagarão. Lembro-me quando ele tirava a sua dentadura, agente ficava com medo .. rs
Nunca esquecerei, quando deixei dois livretos da Bíblia em cima da mesa da minha chefe, numa das últimas vezes que a vi, ela me pergutou: "Foi você que deixou isso aqui?", eu temi mas respondi: "Você gosta de ler?", ela: "Sim gosto!", e eu justifiquei: "Então, quando puder os leia!". Eu tive o desprazer de vê-la 'acabar'.
Mas que fiquem as coisas boas, que as lágrimas teimosas continuem tomando e molhando as nossas faces. Voltando as minha observações, não foi dificil perceber os mais abatidos, eu sempre olhei a viúva, e uma hora que queria lembrar seria a despedida que ela faria, pois ela estava tranquila durante todo o velório. Deixarei para contar essa parte no próximo post, no máximo até sexta!
Mas qual o tamanho de uma dor? Qual a extensão de um LUTO? Mesmo agente não estando junto, mesmo agente não sendo tão próximos - pelo menos não como deveria - a família é enorme. Do meu bisavô, uma das coisas que ficarão, é o dia em que o ajudei a andar, ele estava trêmulo, segurando na cadeira, apalpava as paredes, eu o ajudei: "entre aqui vô!", eu o vi deitar, foi um bom dia.
Hoje o céu estava bem azul, e os óculos escuros escondiam o meu olhar de tristeza, as lembranças... não contei quantas vezes olhei o céu, mas por todas elas eu perguntava pra Ele, não me lembro o que, isso porque o nó na garganta só aumentava!
"Ainda hoje não posso dizer ao certo qual é o valor de uma vida!" - Sr.Carter Chambers do filme 'Antes de Partir'
continua!
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Canal - Curiosidades em Geral
O Leite em pó é uma forma moderna de consumo de leite, que desidratado, tem sua longevidade estendida. O leite em pó é feito a partir da secagem do leite comum. Para extrair a água, que compõe cerca de 90% da massa do leite, as fábricas fazem-na evaporar num processo lento, que não estraga as proteínas do produto.
Primeiro, o leite escorre em paredes metálicas verticais aquecidas a 77 °C, porque o líquido não pode ser fervido. Nessa etapa evapora até 50% da água, e o leite fica pastoso. O produto concentrado segue então para uma máquina que borrifa minúsculas gotículas contra um jato de ar quente a 180 °C. Um rápido contato é o suficiente para fazer com que o restante da água evapore, e as gotículas de leite se transformem em grãos de leite seco. Então o leite é separado em diferentes fases: flocos, granulado e pulverizado.
Este leite em pó pode apresentar-se com diferentes teores de gordura, conforme o leite utilizado tenha a gordura natural do leite, seja parcialmente desnatado ou seja magro.De qualquer forma a protéina do leite em pó é a mesma que no leite líquido, com valores próximos de 30 – 35%, o que faz um alimento extremamente interessante.
1kg de leite em pó, adicionado com água, permite obter 6-7 litros de leite recombinado.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
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